Inclusão Profissional de Trabalhadores com Síndrome de Down na Cidade de São Paulo: Satisfação Pessoal, Produtividade e Relações Sociais no Ambiente de Trabalho

Autores

  • Ricardo Casco Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0001-6234-9257
  • Patrícia Ferreira de Andrade Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0002-3658-0313
  • Cintia Copit Freller Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0003-3838-7231
  • Gabriel Katsumi Saito Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7392-2098
  • Roberta Cruz Lima Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0001-8636-7572

DOI:

https://doi.org/10.21814/rlec.3494

Palavras-chave:

inclusão profissional, teoria crítica da sociedade, trabalhadores com síndrome de Down, preconceito

Resumo

O presente artigo objetiva apresentar as discussões acerca dos dados coligidos no âmbito da pesquisa Inclusão Profissional de Trabalhadores com Deficiência Intelectual na Cidade de São Paulo desenvolvida no Laboratório de Estudos sobre o Preconceito, sediado no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. A pesquisa, realizada em 2017, objetivou compreender diferentes dimensões referentes à situação de inclusão de 20 jovens com síndrome de Down no mundo laboral. A partir de dados coligidos mediante a realização de observações e entrevistas semiestruturadas junto dos jovens, colegas de trabalho, chefias, familiares e amigos, a pesquisa analisou aspectos concernentes à satisfação pessoal, à produtividade e às relações sociais que se dão no ambiente de trabalho. De modo geral, mesmo diante da tendência generalizada de precarização das condições de trabalho de grande parte da população brasileira, os jovens demonstram satisfação com as atividades laborais, apresentaram produtividade compatível com relação às atividades a eles requeridas e mantiveram boas relações sociais com os seus colegas, chefias e clientes das empresas em que trabalhavam.

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Biografias Autor

Ricardo Casco, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

Ricardo Casco é mestre em psicologia escolar e desenvolvimento humano pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2003). É doutor em educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2007). Fez um pós-doutoramento em psicologia social pelo Departamento de Psicologia Social e do Trabalho do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2018). É pesquisador do Laboratório de Estudos sobre o Preconceito — Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Patrícia Ferreira de Andrade, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

Patrícia Ferreira de Andrade é psicóloga pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2011). É mestra em educação pela Universidade Federal de São Paulo (2016) e doutoranda em psicologia escolar e do desenvolvimento humano pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (atual). É pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre o Preconceito – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Cintia Copit Freller, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

Cintia Copit Freller é psicóloga pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Mestra em psicologia escolar e do desenvolvimento humano pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. É doutora em psicologia escolar e do desenvolvimento humano pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2000). É pesquisadora do Laboratório de Estudos sobre o Preconceito (LaEP) – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Gabriel Katsumi Saito, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

Gabriel Katsumi Saito é psicólogo pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2014). É mestre em psicologia escolar e do desenvolvimento humano pelo programa de pós-graduação em psicologia escolar e do desenvolvimento humano do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (2019). É doutorando em psicologia escolar e do desenvolvimento humano pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (atual). É pesquisador do Laboratório de Estudos sobre o Preconceito – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.

Roberta Cruz Lima, Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil

Roberta Cruz Lima é bacharel em direito pela Universidade Católica do Rio de Janeiro (1995); tem pós-graduação em responsabilidade social coorporativa na Universidade London Metropolitan (2007); série de certificados de emprego suportados pela internet: inclusão social de pessoas com deficiência intelectual — Universidade Virginia Commonwealth (2014); e pós-graduação em inclusão: práticas inclusivas e gerenciamento de diferenças — Instituto Singularidades (2018).

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Publicado

2021-12-22

Como Citar

Casco, R., Andrade, P. F. de, Freller, C. C., Saito, G. K., & Lima, R. C. (2021). Inclusão Profissional de Trabalhadores com Síndrome de Down na Cidade de São Paulo: Satisfação Pessoal, Produtividade e Relações Sociais no Ambiente de Trabalho. Revista Lusófona De Estudos Culturais, 8(2), 79–98. https://doi.org/10.21814/rlec.3494