Educação Inclusiva na Contemporaneidade à Luz da Teoria Crítica da Sociedade
DOI:
https://doi.org/10.21814/rlec.3528Palavras-chave:
educação inclusiva, teoria crítica da sociedade, formação cultural, deficiência, educaçãoResumo
A proposta de educação inclusiva, iniciada no final do século passado, obteve maior efervescência na primeira década do século vigente, conforme verificamos no âmbito das pesquisas, estudos e promulgações legislativas. Todavia, no Brasil, assim como em muitos países do mundo, o processo educacional de pessoas com deficiência ainda é permeado por muita precariedade, evidenciada tanto pela indisponibilidade de recursos e serviços básicos de acessibilidade, quanto pela manutenção de crenças e atitudes que impedem a inclusão educacional digna dessas pessoas. O presente artigo visa refletir acerca da inclusão educacional das pessoas com deficiência no contexto contemporâneo, tomando como referência a teoria crítica da sociedade, sobretudo os estudos de Adorno (1970/1995, 1972/2010). Analisa-se, também, no decorrer deste trabalho a necessidade de ampliação do olhar em relação a essa temática para além das especificidades que possuem as pessoas com deficiência. Ademais, buscou-se, paralelamente, apontar a necessidade de fomentar no ambiente educacional uma formação que permita ao indivíduo reconhecer a humanidade contida em todos(as) e em cada um(a). Considera-se que isso só será verdadeiramente possível quando os sistemas educacionais assumirem o compromisso com a formação de valores humanos que nos despertem a perceber nos outros semelhanças e diferenças como aspectos naturais da diversidade humana que nos constitui. Esta mudança depende, em grande medida, de uma verdadeira formação, amparada na autorreflexão crítica dos indivíduos e da sociedade, concomitantemente. Do contrário, ficaremos cada vez mais expostos à barbárie, resultante de uma pseudoformação/semiformação, que ainda impera na maioria das nossas instituições.
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