https://rlec.pt/index.php/rlec/issue/feed Revista Lusófona de Estudos Culturais 2024-12-20T10:46:21+00:00 Revista Lusófona de Estudos Culturais rlec@ics.uminho.pt Open Journal Systems <p>A <em>Revista Lusófona de Estudos Culturais</em> (RLEC)/<em>Lusophone Journal of Cultural Studies</em> (LJCS) é uma revista temática da área dos estudos culturais. Publicada desde 2013 no sistema OJS, esta revista de acesso aberto tem um rigoroso sistema de arbitragem científica e é publicada integralmente em português e em inglês duas vezes por ano (junho e dezembro). De 2013 a 2016 foi publicada pela Universidade do Minho e Aveiro, em conjugação com o Programa Doutoral em Estudos Culturais. Em 2017, passou a ser publicada, exclusivamente, pelo <a href="http://www.cecs.uminho.pt/" target="_blank" rel="noopener">Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade</a>, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, com financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. O conselho editorial da RLEC integra reputados especialistas dos estudos culturais, de diversos pontos do mundo. </p> https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5758 Quem São As Bestas? 2024-11-08T08:16:08+00:00 Fátima Martín fatima.martin@uva.es <p>Recensão crítica de <em>As Bestas</em>, de Rodrigo Sorogoyen.</p> 2024-11-07T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Fátima Martín https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5814 Zonas Cinzentas e Ângulos Mortos: Reflexões em Torno da Produção de Conhecimento nos Estudos Sobre Migrações Portuguesas 2024-11-25T08:17:44+00:00 Liliana Azevedo liliana.azevedo@iscte-iul.pt <p>No contexto português, a figura de “o emigrante” tem persistido ao longo do tempo e permeado as representações mediáticas, os discursos políticos e as produções científicas. A sociologia das migrações tem produzido numerosos textos sobre “emigração” e “regresso”, no entanto, são escassas as reflexões sobre as condições de produção do conhecimento. Este texto pretende contribuir para uma reflexão crítica sobre as categorias utilizadas na investigação produzida em Portugal. Partindo de um conjunto de questionamentos epistemológicos decorrentes do trabalho etnográfico que desenvolvi durante as pesquisas de doutoramento (2018–2022) e pós-doutoramento (2023–2024), reflito sobre um conjunto de zonas cinzentas e ângulos mortos nos estudos sobre migrações portuguesas intraeuropeias. Neste artigo, discuto nomeadamente o uso das noções de “emigrante”, “idade”, “percurso de vida”, “género” e “etnicidade”, apelando a uma abordagem reflexiva da chamada “emigração portuguesa” e, mais amplamente, do processo de produção do conhecimento. Esta reflexão reveste particular importância na medida em que certas categorias se revelam demasiado rígidas para dar conta dos atuais padrões de circulação, bem como da fluidez que carateriza as vivências de pessoas com experiências e/ou origens migratórias.</p> 2024-11-22T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Liliana Azevedo https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5709 O Papel dos Festivais de Cinema na Promoção da Justiça Social: Autoria, Disrupção e Inovação no Festival de Cinema CineMigrante (Buenos Aires, Argentina) 2024-11-25T08:17:46+00:00 Lidia Peralta García lidia.peralta@ugr.es Lhoussain Simour lhoussain.simour@estc.ma <p>Este artigo explora os festivais de cinema dedicados à migração como um tema interdisciplinar fértil para investigação e análise a uma escala internacional. O principal objetivo é realizar uma análise aprofundada do CineMigrante, Festival de Cine y Formación en Derechos Humanos (CineMigrante, Festival de Cinema e Formação em Direitos Humanos), que se realiza em Buenos Aires, Argentina, desde 2010. É um estudo de caso valioso para compreender a importância dos festivais de cinema na promoção da justiça social, no incentivo ao envolvimento comunitário e na defesa dos direitos dos migrantes. Os seus métodos pioneiros e a sua influência fazem dele um modelo fundamental para iniciativas semelhantes em todo o mundo. O enquadramento teórico foca no conceito de autoria para destacar como a inovação social está intimamente relacionada com a criatividade e a capacidade disruptiva de um festival de cinema. Foi adotada uma combinação abrangente de metodologias quantitativas e qualitativas, incluindo uma análise formal do conteúdo do catálogo do festival e um estudo detalhado dos elementos estruturais, visuais e elementos visuais auxiliares presentes no site do festival, nas plataformas dos média sociais e nos conteúdos escritos. As variáveis estudadas incluem critérios de curadoria, atividades de programação, interações com os média e organizações da comunidade local, imagem corporativa e estratégias de comunicação. Os resultados indicam que o sucesso social do CineMigrante assenta na sua abordagem disruptiva e inovadora para conquistar audiências, desafiar narrativas e atuar como catalisador de transformação social.</p> 2024-11-22T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Lidia Peralta García, Lhoussain Simour https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5748 Perspectivas Emergentes: Um Panorama Sobre Mídias Alternativas Digitais e Pessoas Migrantes e/ou Racializadas em Portugal 2024-11-28T08:28:08+00:00 Patricia Posch patriciaposch@gmail.com Gessica Correia Borges ssica.ge@gmail.com Chisoka Simões chisoka.simoes@hotmail.com Carla Cerqueira carla.cerqueira@ulusofona.pt <p>As mídias alternativas digitais fazem parte de um movimento efervescente de criação de órgãos de comunicação social, oferecendo uma contrapartida importante diante da tendência de concentração da produção da informação em alguns conglomerados institucionais. Em Portugal, apesar dessas mídias terem ganhado destaque na academia, ainda são poucos os estudos que abordam a questão a partir do recorte das pessoas migrantes e/ou racializadas. De modo a preencher essa lacuna e a oferecer um panorama aprofundado do ecossistema midiático alternativo digital em Portugal no que toca esses grupos sociais, este artigo apresenta discussões norteadas por análises feitas a partir de um mapeamento de mídias alternativas digitais relacionadas com as migrações e/ou pessoas racializadas. São abordados diferentes aspectos, como a relação entre a sua fundação e os contextos históricos e sociais em Portugal ao longo das últimas décadas, as implicações da operação com equipes reduzidas e as problemáticas associadas à adoção de diferentes estratégias de financiamento. Como resultado, desenvolve-se uma problematização necessária de questões prementes que contribuem para o debate acerca do papel e importância da participação desta franja da população nas mídias em Portugal, de forma a fomentar um ecossistema midiático mais inclusivo, heterogêneo e representativo da diversidade social e cultural do país.</p> 2024-11-27T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Patricia Posch, Gessica Correia Borges, Chisoka Simões, Carla Cerqueira https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5772 Ativismo Cultural em Miniatura: O Papel das Bonecas no Contexto Queniano 2024-12-11T08:46:48+00:00 Sara Mehrgut smehrgut@strathmore.edu <p>Este artigo analisa o papel das bonecas na história do Quénia, desde o período anterior à colonização até à época contemporânea. As bonecas, figuras femininas moldadas pelos padrões sociais que ditam o que é ser mulher, são símbolos fortes transmitidos às crianças, refletindo valores culturais e identitários. Nas sociedades pré-coloniais, as bonecas eram companheiras de brincadeiras que preparavam as crianças para os cuidados sociais ou serviam de amuletos de fertilidade, indicando, em particular, às adolescentes a sua responsabilidade pela sobrevivência da comunidade. A colonização provocou o desenraizamento e o fim de muitas tradições. As poucas bonecas que sobreviveram tornaram-se símbolos de resistência à hegemonia cultural britânica e, hoje, podem ser vistas como formas de ativismo mnemónico. Além disso, a chegada da boneca branca às mãos das crianças locais colocou muitas delas num intricado paradoxo: queriam ser vistas como bonitas e dignas de valor segundo os padrões eurocêntricos, mas também desejavam celebrar as suas identidades culturais únicas. Face a esta situação, várias empresárias quenianas criaram bonecas modernas que representam a diversidade do país, embora enfrentem um desafio ao competir num mercado onde a boneca branca é sempre mais barata.</p> <p> </p> 2024-12-06T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Sara Mehrgut https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5739 Constelações Decoloniais: O Pós-Museu Como Espaço de Interculturalidade e Resistência 2024-12-13T12:25:33+00:00 Elaine Trindade elainetrindade@hotmail.com Moisés de Lemos Martins moisesm@ics.uminho.pt <p>Assim como uma constelação é formada por estrelas individuais que juntas criam uma representação significativa, a expressão constelações decoloniais sugere a interconexão de diversas imagens, práticas e movimentos decoloniais que, juntos, formam um quadro mais amplo e compreensivo de resistência. Sugere ainda a inclusão de múltiplas perspectivas, vozes e experiências de diferentes culturas. De modo semelhante às constelações, que são compostas por múltiplos pontos de luz, cada imagem, pensamento, perspectiva, contribui para mapear e navegar por territórios culturais e históricos periféricos ou suprimidos pelo colonialismo, recuperando e valorizando esses espaços através de uma abordagem decolonial. Neste estudo, adotamos uma perspectiva decolonial da interculturalidade (Martins, 2020; Mignolo &amp; Walsh, 2018), entendida como um diálogo genuíno entre povos e instituições, procurando promover a igualdade de oportunidades. A abordagem da nossa investigação é qualitativa, fundamentada em pesquisa bibliográfica, explorando conceitos como interculturalidade, decolonialidade e pós-musealidade. Analisamos alguns museus que estão a transformar as suas exposições e narrativas, em prol de uma perspectiva decolonial. Exploramos algumas dinâmicas no African Museum, na Bélgica; no Pitt Rivers Museum, na Grã-Bretanha; e no Museu Virtual da Lusofonia, no Google Arts &amp; Culture, com sede física em Portugal. Estes museus são apresentados como estudos de caso que exemplificam a aproximação ao paradigma do pós-museu.</p> 2024-12-13T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Elaine Trindade, Moisés de Lemos Martins https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5750 Movimentos Sociais e Apropriação Digital na América Latina e nas Caraíbas 2024-12-18T09:12:06+00:00 Constanza González-Véliz constanza.gonzalezveliz@gmail.com <p>O presente artigo explora a dinâmica da apropriação digital pelos movimentos sociais na América Latina e nas Caraíbas. Destaca como, nas últimas décadas, as tecnologias de informação e comunicação transformaram o panorama político e social da região, proporcionando novas oportunidades de organização, mobilização e participação cidadã. Essas ferramentas digitais proporcionaram aos movimentos sociais novas formas de disseminação de informação, permitindo a criação de redes de solidariedade e resistência nos níveis local, nacional e até internacional. A partir de estratégias como o ciberativismo e o ciberfeminismo os movimentos sociais têm usado plataformas digitais para desafiar o statu quo e promover a justiça social. Por outro lado, o artigo também aborda os desafios e obstáculos que os movimentos sociais enfrentam, como as clivagens digitais, a censura online e a influência de grupos extremistas. Apesar desses desafios, os movimentos demonstram uma capacidade notável de adaptação, tirando partido das ferramentas digitais para avançar nos seus objetivos de justiça social e mudança política. O potencial transformador da mobilização digital é destacado, refletindo as realidades socioeconómicas, políticas e culturais da região. A diversidade de abordagens e estratégias utilizadas pelos movimentos sociais evidencia a complexidade da região e a diversidade das lutas sociais. Por fim, destaca-se a importância de abordar as desigualdades estruturais e a promover a ação coletiva, para a construção de sociedades mais justas e equitativas.</p> 2024-12-17T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Constanza González-Véliz https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5753 O Protagonismo das Migrantes Venezuelanas no Curta-Metragem Documental Hermanos, Aqui Estamos (2021) de Jade Rainho 2024-12-20T08:13:15+00:00 Emile Botelho milebotelho@gmail.com Alessandro Mateus Felippe allessandro.fpp@gmail.com Cristóvão Domingos de Almeida cristovaoalmeida@gmail.com <p>O texto analisa os elementos que compõem a realidade das migrantes venezuelanas, que narram suas histórias no curta-metragem documental Hermanos, Aqui Estamos (Irmãos, Aqui Estamos; 2021). Ao utilizar a análise temática enquanto metodologia (Braun &amp; Clarke, 2006), numa abordagem indutiva e contextualizada, identificamos cinco núcleos narrativos nos quais estão presentes as 12 personagens do curta-metragem documental. Identificamos três temas e sete subtemas oriundos do corpus de investigação: apresentação das personagens (quem são? como chegaram?); migrar (por que estão aqui? escolhas difíceis; trabalho) e afetos (sobre o país de origem; sobre ser migrante). Analisamos o curta-metragem documental ao discutir a relação entre a comunicação e a condição de migrante, a partir de ElHajji (2018), e a subalternidade e representação, segundo Spivak (1988/2010). Assim, foi possível compreender que esta produção documental é de grande importância por abrir espaço para o protagonismo de mulheres migrantes narrarem suas próprias histórias e alcançarem outras pessoas, inclusive outras migrantes venezuelanas. Desta forma, o curta-metragem documental Hermanos, Aqui Estamos (2021) preserva a memória dessas mulheres, funcionando simultaneamente como ferramenta de comunicação e de exposição dos problemas que a sociedade e o Estado brasileiro devem observar para o devido acolhimento e inclusão das mesmas.</p> 2024-12-18T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Emile Botelho, Alessandro Mateus Felippe, Cristóvão Teixeira Rodrigues https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5711 Processo de Ingresso no Ensino Superior de Estudantes Imigrantes e Refugiados: Uma Revisão Sistemática 2024-12-20T10:46:21+00:00 Efrén Alvarado Cevallos efren.cevallos@edu.pucrs.br Enrickson Varsori enrickson.varsori@gmail.com Alexandre Anselmo Guilherme alexandre.guilherme@pucrs.br <p>O presente trabalho é uma revisão da literatura e desenvolve um quadro de compreensão teórica sobre os fenômenos migratórios transnacionais relacionados ao crescimento dos deslocamentos globais e às oportunidades de ingresso no ensino superior por meio da sistematização da literatura disponível em 15 artigos. Foram usados o PRISMA Scopus Review, ferramenta especializada nesse tipo de produção científica, e o programa de processamento da informação de uso livre Ryyan, que é um software amplamente difundido na produção de revisões sistemáticas. É construída uma análise crítica sobre como operam os princípios da equidade nas atividades de admissão institucional. Este trabalho instrumentaliza os aportes teóricos fornecidos pela teoria institucional de Scott (2004), considerando a relação existente entre a integração acadêmica materializada em disposições institucionais, com um impacto na vida dos estudantes em contexto de mobilização forçada, ao implicarem determinações sociais, culturais e políticas que influenciam a forma como os discursos são conceptualizados e construídos (Scott, 2004). Argumenta-se que estes constructos de equidade têm impacto na materialização de políticas relacionadas com a justiça social organizadas pelos estados. O artigo discute como as políticas e práticas institucionais, padronizadas para a construção de aplicações e normas de acesso e equidade, acabam criando novas exclusões para migrantes. Realiza-se uma análise crítica dos arranjos institucionais que são utilizados para atender às necessidades educacionais das pessoas em busca de asilo, destacando a participação de organizações não estatais, buscando gerar debates que possam levar a mudanças mais estruturais.</p> 2024-12-20T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Efrén Alvarado Cevallos, Enrickson Varsori , Alexandre Anselmo Guilherme https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/5835 Migração e Comunicação na América Central. Entrevista com Amparo Marroquín Parduci 2024-07-29T08:52:31+00:00 Manuel Chaparro mch@uma.es <p>Amparo Marroquín Parducci é professora do Departamento de Comunicação e Cultura da Universidad Centroamericana Simeón Cañas de El Salvador desde 1997. Há vinte anos, iniciou o estudo dos processos migratórios e a forma como estes influenciam a construção de identidades socioculturais (Marroquín Parducci &amp; Huezo Mico, 2006). Abordou também as narrativas que os média constroem sobre esta questão (Marroquín Parducci &amp; Carballo, 2021). O seu trabalho mais recente explora a constituição da profissão do coiote (guia) como o grande mediador dos riscos enfrentados pelos migrantes no seu caminho para um novo país. Foi professora visitante em países como Argentina, México, Colômbia, Equador, Espanha e EUA. Especialista na obra de Jesús Martín Barbero, é, desde 2021, decana da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidad Centroamericana Simeón Cañas, em San Salvador.</p> 2024-07-29T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Manuel Chaparro https://rlec.pt/index.php/rlec/article/view/6095 Migrações, Comunicação e Ativismos. Olhares e Reflexões 2024-12-20T10:46:19+00:00 Isabel Macedo isabel.macedo@ics.uminho.pt Rosa Cabecinhas cabecinhas@ics.uminho.pt Susana de Andrés deandresdelcampo@gmail.com 2024-12-20T00:00:00+00:00 Direitos de Autor (c) 2024 Isabel Macedo, Rosa Cabecinhas, Susana de Andrés