Paisagens sonoras de baixa fidelidade em O som ao redor (2012) e Ventos de agosto (2014)
DOI:
https://doi.org/10.21814/rlec.307Palavras-chave:
Análise de som, baixa fidelidade, cinema, cinema brasileiro, paisagem sonoraResumo
Partindo de dois conceitos de R. Murray Schafer (2001), de paisagem sonora e baixa fidelidade, pretendemos aproximar o autor do campo dos estudos de som no audiovisual, pois são conceitos que nos ajudam a problematizar aspectos estéticos e sonoros observáveis, especialmente, em filmes do chamado Novíssimo Cinema Brasileiro, produzidos nos últimos dez anos no país, e que se utilizam das possibilidades estéticas conferidas por novas tecnologias de captação de som e imagem, bem como de edição. Para tal, traçaremos a definição de paisagem sonora em Schafer, ressaltando o aspecto interdisciplinar do conceito. Depois pensaremos como a noção de baixa fidelidade, afastada de seu uso no senso comum, pode ser aplicada no campo da comunicação e, mais especificamente, do cinema. Por fim, faremos um piloto de análise em algumas cenas de dois filmes recentes realizados no Estado de Pernambuco, cujo trabalho sonoro ajuda a exemplificar a aproximação que se quer fazer entre os conceitos de Schafer e o campo do cinema. São eles: O som ao redor (Kleber Mendoça Filho, 2012) e Ventos de agosto (Gabriel Mascaro, 2014).
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