Lisboa africana no cinema: conversas em sala de aula sobre Li ké terra e Cavalo Dinheiro
DOI:
https://doi.org/10.21814/rlec.383Palavras-chave:
Li ké terra, Cavalo dinheiro, cinema, estereótipos sociais, racismoResumo
Hoje, através do cinema, televisão, videojogos, publicidade e outros meios audiovisuais, as imagens têm um papel importante na formação das nossas crenças, conceitos e sonhos. Possuindo um movimento intrínseco que frequentemente escapa ao nosso controlo, as imagens podem contribuir para difundir estereótipos sociais, que marcam as nossas visões do mundo. A recente produção cinematográfica portuguesa destaca visões polémicas da complexa realidade pós-colonial na sociedade contemporânea, devido aos choques de memórias sobre o passado colonial que instiga. O documentário Li ké terra (2010) e a ficção Cavalo Dinheiro (2014) constituem espaços/lugares de memória e de reconstrução histórica. Através de discussões de grupos focais examinamos como jovens estudantes constroem as suas perceções sobre o quotidiano dos “imigrantes” africanos em Portugal e as suas representações sobre “raça”. A análise das discussões dos grupos focais permite a compreensão do modo como as memórias coletivas são (re)criadas em contextos pós-coloniais e uma reflexão crítica sobre conflitos (passados) e as relações intergrupais atuais. Esta análise qualitativa foi realizada com o recurso ao método indutivo-comparativo e também à análise crítica do discurso.
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