Transcrição do Vale do Ave em som: criação de uma linguagem espácio-sonora

Autores

  • Cidália Ferreira Silva Escola de Arquitetura da Universidade do Minho
  • Eugénia Aguiar Leite Galbilec / REarquiteturas

DOI:

https://doi.org/10.21814/rlec.293

Palavras-chave:

Gramática, som e espaço, transcrição, território

Resumo

A transcrição do Vale do Ave em som (Leite, 2014) surge do cruzamento da representação do território com a representação sonora, aplicada à interpretação de duas amostras do Vale do Ave – o centro de Guimarães e o “entre Brito e Silvares” –, através da criação de notações gráficas ambivalentes, que simultaneamente representam o espaço e o som. Neste artigo, apresenta-se o processo de transcrição criado, o qual tem como questão geradora: como transcrever o espaço urbano em som? Aquilo que tradicionalmente se denomina de paisagem sonora (Augusto, 2014; Schafer, 1993) reflete sobre o som existente nos lugares. Este artigo inverte esta proposição, pretendendo transcrever a espacialidade dos lugares em som. Assim neste contexto, o termo “ouvir” o território não se refere aos sons reproduzidos pelos carros, pelo vento, pelas folhas das árvores, etc., mas sim ao som resultante da composição espacial. Os resultados da investigação comprovaram o vínculo entre o espaço e o som, uma vez que a composição musical correspondente a cada amostra não só é distinta, como nos remete para a sua espacialidade, abrindo um campo interdisciplinar passível de novas interseções em outros lugares, com possibilidades mútuas de inovação tanto ao nível da composição espacial como da composição musical.

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Publicado

2018-06-29

Como Citar

Silva, C. F., & Leite, E. A. (2018). Transcrição do Vale do Ave em som: criação de uma linguagem espácio-sonora. Revista Lusófona De Estudos Culturais, 5(1), 53–. https://doi.org/10.21814/rlec.293