Mulheres, Política e Humor Gráfico na Imprensa do Início do Século XX: Um Breve Olhar Sobre o Caso Brasileiro

Autores

  • Thaís Batista Rosa Moreira Programa de Pós-Graduação em História Social, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0002-2215-7493

DOI:

https://doi.org/10.21814/rlec.4691

Palavras-chave:

humor gráfico, imprensa, mulheres, política, feminismo

Resumo

O artigo visa refletir sobre a representação e a presença de mulheres no humor gráfico da imprensa brasileira no início do século XX. Tomaremos como fontes principais da análise três exemplos distintos: as caricaturas de mulheres feitas pela artista Nair de Teffé (com o pseudônimo Rian) na década de 1910, as ilustrações que a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino utilizou nas publicações da seção “Feminismo” do jornal O Paiz no final da década de 1920 e, por fim, as tirinhas cômicas “Malakabeça, Fanika e Kabelluda” de Patrícia Galvão (popularmente conhecida como Pagu), publicadas no periódico O Homem do Povo em 1931. Além de analisar as obras dessas mulheres, o artigo propõe uma comparação com os quadrinhos publicados pela revista O Malho, um periódico humorístico massivo do início do século XX. As ilustrações destacadas, de autoria dos caricaturistas J. Carlos e Leônidas, são representativas da produção hegemônica da época, que evocava concepções sexistas das relações de gênero. Nosso objetivo é discutir as particularidades e as similaridades das obras idealizadas pelas mulheres, em que predominaram o olhar crítico e subversivo dessas figuras diante da sociedade de seu tempo. A abordagem histórica e comparativa possibilitará recuperar essas narrativas gráficas pouco conhecidas, bem como lançar luz às relações de gênero e de poder que constituem o universo da imprensa e das publicações humorísticas do período.

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Publicado

2023-12-20

Como Citar

Moreira, T. B. R. (2023). Mulheres, Política e Humor Gráfico na Imprensa do Início do Século XX: Um Breve Olhar Sobre o Caso Brasileiro. Revista Lusófona De Estudos Culturais, 10(2), 37–61. https://doi.org/10.21814/rlec.4691