COMO GOVERNAR O ÚNICO TEATRO DE ÓPERA EM PORTUGAL? A incerteza permanente do estatuto do Teatro Nacional de São Carlos

Autores

  • Teresa Duarte Martinho Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa
  • José Nuno Matos Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.21814/rlec.73

Palavras-chave:

Teatros de ópera, políticas culturais, gestão, mecenato, nova gestão pública

Resumo

Fundado em 1793, o Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) é uma referência no campo da difusão e da produção de ópera em Portugal. Considerando o período entre 1974 e 2013, o presente artigo tem como principal objetivo compreender a evolução dos vários estatutos do TNSC e das lógicas que os enformam. A partir da análise de documentação jurídica, bem como de relatórios de gestão e de monografias dedicadas à história do referido teatro, é possível identificar ao longo deste período a oscilação entre dois paradigmas: o da gestão pública, que coloca a instituição sob a alçada direta do Estado, identificando neste modelo a melhor forma de assegurar o interesse público; o da gestão privada, defendendo que a satisfação do interesse público requer a indispensável participação de receitas empresariais em domínios sob responsabilidade estatal, em nome de maior eficácia orçamental. A relação entre estas duas lógicas, como será possível verificar, decorre no quadro de processos de maior amplitude, sendo indissociável de mutações nas políticas culturais e noutras esferas da sociedade.

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Publicado

2014-12-18

Como Citar

Martinho, T. D., & Matos, J. N. (2014). COMO GOVERNAR O ÚNICO TEATRO DE ÓPERA EM PORTUGAL? A incerteza permanente do estatuto do Teatro Nacional de São Carlos. Revista Lusófona De Estudos Culturais, 2(2), 165–187. https://doi.org/10.21814/rlec.73