O ENCONTRO ENTRE O ÓCIO E A CULTURA: Reflexões sobre o ócio criativo desde a investigação empírica

Autores

  • Manuel Cuenca Cabeza Universidade de Deusto
  • Macarena Cuenca Amigo Universidade de Deusto

DOI:

https://doi.org/10.21814/rlec.22

Palavras-chave:

Ócio, cultura, ócio criativo, consumo cultural, ócio culturado

Resumo

O ócio é um setor significativo pela sua importância económica e a sua incidência no bem-estar ou nos estilos de vida atuais. O desfrute da cultura, como decisão pessoal do sujeito que a experiencia, também é considerado ócio; mas nem a cultura como facto humano é toda ócio, nem o ócio é todo cultura.
O artigo estuda o encontro entre ambos os conceitos a partir da ideia de ócio criativo e os dados que são obtidos da investigação empírica. Desde um ponto de vista humanista, a relação ócio-cultura tem um dos seus grandes referentes no ócio criativo, que vem a ser a realização atual do conceito de ócio herdado da cultura clássica. O desenvolvimento do tema é baseado na análise do estudo sobre Atividades Culturais em Espanha 2010-11 e de dados referidos em duas investigações concretas, realizadas no Instituto de Estudos de Ócio da Universidade de Deusto, Bilbau (Espanha): uma sobre as práticas e experiências de ócio na Região Autónoma do País Basco e outra focada na Experiência de Ócio em pessoas que praticam um ócio consolidado. Entre as conclusões destaca-se o desequilíbrio que existe entre a cultura da receção e a sua
vertente criativa, pelo que se torna necessário diferenciar entre práticas de ócio associadas a uma visão ampla do ócio humanista, e práticas culturais, cujo significado se tem vindo a reduzir ao consumo das chamadas indústrias culturais. Mesmo assim, é evidente que há um amplo leque de confluência e, em ambos os casos, é possível diferenciar as duas vertentes, criação e recriação, como âmbitos diferenciados da mesma realidade.

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Publicado

2013-12-17

Como Citar

Cuenca Cabeza, M., & Cuenca Amigo, M. (2013). O ENCONTRO ENTRE O ÓCIO E A CULTURA: Reflexões sobre o ócio criativo desde a investigação empírica. Revista Lusófona De Estudos Culturais, 1(2), 4–27 | 28. https://doi.org/10.21814/rlec.22