Para uma metodologia visual em ação na investigação-criação: o exemplo de SORODAS
DOI:
https://doi.org/10.21814/rlec.2302Palavras-chave:
SORODAS, investigação-criação, arte digital, hipermédia, MayotteResumo
Este texto apresenta uma metodologia em funcionamento no Departamento de Comunicação Hipermédia da Universidade Savoie Mont Blanc, França, que se baseia, há vários anos, numa estreita colaboração entre as Ciências da Informação/Comunicação e as Ciências da Arte, a fim de permitir a produção de dispositivos inovadores na investigação-criação de artes digitais, nomeadamente dispositivos construídos em hipermédia. Um testemunho desta estratégia é a obra SORODAS de Carole Brandon, planeada para o Atelier-Laboratoire IDÉFI-CréaTIC[S] Langue[S] & Patrimoine[S], que seria deslocalizado para as ilhas de Mayotte no Oceano Índico, em 2018. Mesmo que a viagem da equipa deste projeto tenha sido finalmente cancelada dois dias antes da partida, devido a eventos e manifestações ocorridos na ilha, este dispositivo hipermédia e artístico foi acompanhado por um longo trabalho preliminar interdisciplinar, de pesquisa em antropologia visual e metodologia de projeto, conduzida em conjunto pela equipa de Ghislaine Chabert e Carole Brandon. Contando com a colaboração dos alunos do Mestrado Digital Creation, este território de Mayotte, difícil de circunscrever devido ao seu afastamento geográfico e ao seu passado tumultuoso, não poderia decentemente ser abordado sem diversas precauções entretanto tomadas. O presente texto inclui uma amostra dos resultados obtidos, apresentados parcialmente num estilo de escrita inspirado na linguagem das redes sociais e experimentado no projeto. Por exemplo, os autores escrevem “®ver” em vez de “rever”, para sublinhar a dualidade do processo de “(re)visão” no tempo. Ou por vezes substituem os parêntesis simples ( ) por (-! !-), ou seja, usam a notação emojis, formada por ideogramas e smylies, muito frequente no ciberespaço e nas redes sociais digitais.Downloads
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