DJ Dolores: experimentação, diferença e memória da música eletrônica

Autores

  • Herom Vargas Universidade Metodista de São Paulo
  • Nilton Faria de Carvalho Universidade Metodista de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.21814/rlec.303

Palavras-chave:

DJ Dolores, memória, música eletrônica, sampling

Resumo

A trajetória artística do DJ Dolores (codinome de Hélder Aragão) ganhou força durante o movimento manguebeat, na década de 1990, no Recife, capital do estado de Pernambuco, no nordeste do Brasil. Além de trabalhar com produção multimídia, na música sua obra é composta por álbuns experimentais de música eletrônica e também trilhas sonoras para filmes, peças de teatro e espetáculos de dança. Este artigo analisa a diversidade cultural e as misturas organizadas pelo DJ que deslocam as fronteiras dos gêneros musicais hegemônicos articulados pela indústria fonográfica. Ao contrário, Dolores valoriza textos subterrâneos na memória da música pop das mídias, como ritmos de tradições regionais (embolada, coco, maracatu e frevo). A partir dos hibridismos presentes nos álbuns Contraditório? (2002) e Frevotron (2015), respectivamente primeiro e último disco, são identificadas políticas de alteridade e diferença na linguagem, assim como textos culturais e memória, na simbiose entre, de um lado, DJ e tecnologia, e de outro, tradição e instrumentação acústica. No primeiro disco, Dolores toca com a Orchestra Santa Massa, que congrega instrumentos como rabeca, percussões, sopros, guitarra e a voz de Isaar França. No último trabalho, o DJ toca com Maestro Spok, saxofonista de frevo, um percussionista e um guitarrista.

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Publicado

2018-06-29

Como Citar

Vargas, H., & Carvalho, N. F. de. (2018). DJ Dolores: experimentação, diferença e memória da música eletrônica. Revista Lusófona De Estudos Culturais, 5(1), 247–. https://doi.org/10.21814/rlec.303